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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Peça que retrata Jesus como travesti é ovacionada por militantes LGBT em cidade paulista

O debate sobre a liberdade de expressão na arte e os exessos cometidos que se traduzem em ofensas à religião cristã no Brasil tem dois lados com posições claras e opostas. Uma peça de teatro que retrata Jesus Cristo como um travesti foi ovacionada em uma cidade do interior paulista, depois que sua exibição havia sido proibida pela Justiça em outro município do estado.
A peça “O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu”, estava em cartaz no Serviço Social do Comércio (SESC) de Jundiaí, e o juiz Luiz Antonio de Campos Júnior acatou o pedido da advogada Virginia Bossonaro Rampin Paiva para que a encenação fosse interrompida, por causa das ofensas à religião cristã.

Entretanto, no último sábado, 16 de setembro, a peça foi encenada no teatro do SESC de São José do Rio Preto (SP), e o público presente ovacionou o intérprete, um travesti que se apresenta como Renata Carvalho, de acordo com informações do G1.
“Nós não podemos deixar este assunto passar em branco. São trans, homossexuais e demais grupos que são oprimidos por pessoas conservadoras”, declarou uma espectadora, evidenciando que a plateia era formada, majoritariamente, pela militância LGBT.
A provocação à fé cristã não se resumiu à representação de Jesus como um travesti, e contou com a distribuição de pequenos cálices de vinho e uma vela, simulando um cenário de celebração da ceia. Ao longo da peça, um monólogo sugere que Jesus faria reflexões apologéticas sobre temas como homossexualidade, prostituição e ideologia de gênero.
“O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu” é uma obra escrita pela dramaturga escocesa e transexual Jo Clifford, e causa polêmica em todos os lugares onde é adaptada e encenada.
“A peça está em cartaz há um ano e foi a primeira vez que isso aconteceu. Fiquei sem acreditar naquilo e achei que fosse possível reverter a situação, mas a liminar foi dada em um horário bem estratégico e não deu para recorrer”, afirmou Renata, sobre a decisão da Justiça que cancelou a peça em Jundiaí.

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